Mata densa, verdejante, alma da serra;
Copa alta, elegante, fuste frondoso.
Soberbo pinheiro, braços abertos, mui garboso;
Pai da floresta, casa de todos, orgulho da terra.
Navego ao vento em tua grimpa baloiçante...
Aqui do alto vislumbro o pasto, e nele a boiada.
Taça gigante, braços em prece, onde, alçada,
Minh'alma ora... Mas em pranto e soluçante,
Puxando o passado, as lembranças, as famílias;
O fazendeiro, a peonada, filhos e filhas,
A dona de casa, o vizindário. É primavera...
E tua grimpa verdejante, já em memória, na quimera,
Viu que o sonho a bela prece o desfizera!
Tuas tábuas, teus despojos lá estão, naquelas pilhas...
In: Carisma - Caderneta Poética. ALE. Lages, 2007.
Foto & Edição: Alexandro Reis
Foto & Edição: Alexandro Reis
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