quinta-feira, 29 de março de 2012

Páscoa é Vida

Ivone Daura da Silva 


Você é um bom ouvidor? 


Veremos a seguir:
Você já ouviu a beleza de uma planta quando cresce?
Você já escutou o som de uma flor que se desenvolve à luz do sol?
Ouviu o estampado da sombra da noite, na imensidão das trevas?
Já sentiu a leveza da aurora ao amanhecer neste universo com sua luz resplandecente?
Você parou para meditar a beleza da natureza,o cantar dos pássaros, o voo das borboletas...?
importância de saber admirar a mente
quando dela abre-se para a compreensão de uma palavra?
A maravilha que rola de uma expressão amorosa
ao deslizar do subconsciente ao coração?
É possível que nesta realidade
haja o desenvolvimento da sensibilidade
para crescer e enxergar.
Assim é no ato da fé.
É a fé que nos faz ver o invisível.
Deus nos ama tanto que enviou seu filho Jesus
para indicar o caminho da salvação.
Jesus deu sua vida para que ninguém
permanecesse na morte.
Com sua ressurreição revelou
e nos trouxe vida nova que,
neste percalço desejamos viver com intensidade...
Sinta tudo isso e
descubra a beleza da fé;
agarre a força da esperança;
no sentido profundo que somos levados a sonhar,
os sonhos são construtivos e a vida tem seu verdadeiro valor.
Não são apenas os presentes, os chocolates que fazem a Páscoa,
porém a renovação do espírito.
Ao vivenciar entre tantas maravilhas,
Feliz Páscoa! Você está vivendo-a!

(*) Presidente da Academia de Letras do Brasil – ALB/Lages/SC

quinta-feira, 22 de março de 2012

Água

Hilda Antunes Córdova

Para onde foram as águas?
Geme o raso rio que outrora  as águas cautelosas
Fizeram muitas vezes sair de seu leito,
Que hoje abriga algumas poças que ainda restam.

Vem o sol a roubar-lhe a última gota.
Para onde foram as águas?
Do grande rio, que raso agora aguarda a volta da remota chuva.
Poeta ou não, olha o homem perplexo, o vale raso d' água
Para onde foram as águas?

Adormece o leito vazio na solidão dos dias.
Choram as pedras ao som suado das montanhas
Deleitam-se os mares nas doces águas salgadas.

Salve dia 22 de março  −  Dia da Água

terça-feira, 13 de março de 2012

Pote de Ouro Guarani

Cláudio Silveira

Imenso continente,
onde está a tua riqueza buscada
e não encontrada?
Pote de ouro guardado, agora riscado,
Pelas fissuras descuidadas dos errantes
Homens das bordas, iludidos habitantes.

Aquífero Guarani, quisera navegar livre,
Sobre as águas subterrâneas, sem fronteiras,
Vagando, diletante, no horizonte portenho,
Nos campos orientais,
Nos charcos ocidentais.

Aquífero Guarani, índio desconfiado
Da bela serrana, coxilha, cabocla lageana!
Deitada entre os rios, espraiada no campo
Seios de laje ondulante,
Expostos ao amor do sol,
Amiga das nuvens ranzinzas e cinzas
A despejarem água para o teu pote de ouro
Grande tesouro, reserva,
Manancial carinhoso de fluido vital!

In: Caderneta Poética nº 2 - Carisma. Gráfica Princesa. Lages, 2007
(Saiba mais sobre o Aquífero Guarani)