terça-feira, 13 de março de 2012

Pote de Ouro Guarani

Cláudio Silveira

Imenso continente,
onde está a tua riqueza buscada
e não encontrada?
Pote de ouro guardado, agora riscado,
Pelas fissuras descuidadas dos errantes
Homens das bordas, iludidos habitantes.

Aquífero Guarani, quisera navegar livre,
Sobre as águas subterrâneas, sem fronteiras,
Vagando, diletante, no horizonte portenho,
Nos campos orientais,
Nos charcos ocidentais.

Aquífero Guarani, índio desconfiado
Da bela serrana, coxilha, cabocla lageana!
Deitada entre os rios, espraiada no campo
Seios de laje ondulante,
Expostos ao amor do sol,
Amiga das nuvens ranzinzas e cinzas
A despejarem água para o teu pote de ouro
Grande tesouro, reserva,
Manancial carinhoso de fluido vital!

In: Caderneta Poética nº 2 - Carisma. Gráfica Princesa. Lages, 2007
(Saiba mais sobre o Aquífero Guarani)

Nenhum comentário:

Postar um comentário