Convite
sábado, 27 de outubro de 2012
terça-feira, 23 de outubro de 2012
IV Encontro Catarinense de Escritores de Alfredo Wagner e Região
A Academia de Letras do Brasil/SC municipal Alfredo Wagner,
tem a honra de convidar V.Sa para o IV Encontro Catarinense de Escritores, e II Encontro Internacional de Escritores de Alfredo Wagner e Região, a ser realizados nos dias 23 e 24 de novembro de 2012 na Capital Catarinense das Nascentes.
Na ocasião, além de palestras e workshops, serão diplomadas personalidades municipais, estaduais e nacionais que contribuíram para o progresso da literatura e da cultura em geral.
Este momento será especial para um reconhecimento das ações e programas desenvolvidos por sua Entidade na difusão do Livro.
Para maiores informações sobre os Encontros e sobre Alfredo Wagner,
a Capital Catarinense das Nascentes, sugerimos os sites:
sábado, 13 de outubro de 2012
Cenário Serrano
Alcenir Sebastião de Sá, in Caderneta Poética, Ano 1, nº Zero, jul/set 2005.
Lanço as minhas palavras sobre as plagas
de Lages. Sobre
um dos morros do continente das Lagens, fico a pensar sobre o passado dessas terras.
Do altiplano serrano, recordo
os antigos a falar
sobre os tropeiros que fizeram a história dessa região. Penso sobre as grandes dificuldades desses pioneiros, os bois-de-bota,
para construir e consolidar
os povoados do planalto serrano.
Como em um cenário
em movimento, vejo os tropeiros explorando essas terras das Lagens e matando e morrendo no enfrentamento com os índios, os bugres, como eles diziam.
Lanço palavras para falar com os matutos, mãos grandes, feridas de tanto assentar as grandes
pedras com que construíam
as longas muralhas, as
taipas, que cercavam as grandes fazendas dessas regiões. Falo com as matutas que se davam em casamentos e amadureciam, desde a adolescência,
nas lidas domésticas, tanto nas suas rudes casas quanto nas dos seus "patrões"
(quase senhores
feudais desses
campos).
Vejo esses homens rudes e fortes,
a cortar grandes troncos de pinheiros para construírem seus
ranchos e suas
fazendas e para terem lenha para se aquecerem com as suas Joanas e Marias ao redor
de fogo de chão.
Falo aos Joões, aos
Tiões, batendo
de frente para domar cavalos bravos
e enfrentar grandes
chifres de ferozes touros em embates de matar ou
morrer.
Lanço palavras sobre gente que trabalhava do pôr do sol ao crepúsculo fazendo roças para alimentar
todo o povo daquela época.
Já vem o final da tarde... O frio do outono vai apertando o meu corpo.
Então, deixo de olhar o passado desse povo simples.
E encerro o cenário em movimento dessa região.
Edição: Alexandro Reis
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